Sanepar inicia vistorias para verificar ligação de esgoto em Sengés
Desde o ano passado, a Sanepar vem realizando vistorias em várias cidades da região, abrangendo cerca de 20 mil imóveis
Publicado: 21/01/2025, 17:07
Clientes da Sanepar no município de Sengés passaram a receber, desde a última segunda-feira (20), a visita de agentes terceirizados para Vistoria Técnica Operacional (VTO). Uniformizados e identificados a serviço da Sanepar, os agentes da empresa terceirizada Engezzi Engenharia precisam atestar se as instalações internas dos imóveis estão corretamente ligadas à rede coletora de esgoto da Companhia. O trabalho inicia no bairro Cohapar e, em seguida, se estenderá para os bairros Cohab e Morungava. Desde o ano passado, a Sanepar vem realizando vistorias em várias cidades da região, abrangendo cerca de 20 mil imóveis.
Esta ação é executada em imóveis residenciais, comerciais e de utilidade pública. A intenção é verificar se a ligação intradomiciliar está adequada e orientar o cliente quando a ligação estiver incorreta, evitando, com isso, o lançamento de esgoto em galerias de águas pluviais, rios, córregos e fossas sépticas onde haja rede pública de coleta implantada, e o lançamento de água da chuva na rede coletora de esgoto, que é dimensionada para receber apenas o volume de esgoto doméstico. O correto uso da rede coletora da Sanepar garante o funcionamento efetivo do tratamento do esgoto, a proteção à saúde da população e a preservação da natureza.
AS VISITAS – Os agentes abordam o cliente explicando como funciona a vistoria e solicitam a entrada no imóvel. Ali, verificam banheiros, cozinha, áreas de serviço, churrasqueira, ralos e calhas, analisando situações como a existência e a facilidade de acesso às caixas de gordura e de passagem. Eles aproveitam, ainda, para avaliar o hidrômetro (relógio) e o Dispositivo Tubular de Inspeção (DTI), localizado fora do imóvel e que possui uma tampa pequena de plástico azul ou de concreto.
O técnico consegue detectar possíveis não-conformidades pela realização de testes com corantes atóxicos, aplicados em banheiros, tanques, pias e condutores de água pluvial. Estando tudo certo com as ligações, o cliente recebe um certificado de regularidade do imóvel. Constatada qualquer irregularidade, é dado o prazo de 60 dias para regularização. Passado esse período, os técnicos retornam ao imóvel para nova verificação. Com a situação resolvida, o cliente recebe o certificado. Caso ainda esteja irregular, o cliente pode receber multa se em até dez (10) dias não regularizar e informar a Sanepar. Em uma terceira visita, caso a irregularidade permaneça, é aplicada multa por reincidência e em dobro sobre o valor da média de consumo do cliente.
TRANSTORNOS – As irregularidades mais encontradas geralmente são o descarte de esgoto em galeria pluvial, a destinação da água da chuva na rede coletora de esgoto e o despejo de gordura em ralos e pias. Os transtornos não são apenas para a Companhia; a população também sofre as consequências.
“Lançar esgoto na galeria pluvial pode contaminar rios e córregos e aumenta a chance de proliferação de ratos, baratas e a ocorrência de mau cheiro. Mandar a água da chuva para a rede de esgoto pode causar, principalmente, refluxo de esgoto no imóvel e extravasamento nas vias públicas, através dos Poços de Visita, aquelas tampas de ferro com a logomarca da Sanepar que estão localizadas nas ruas”, explica o coordenador de Redes da Sanepar na região, Francisco Icker Oroski.
Outro problema comum é o descarte de óleo de cozinha em pias ou ralos. “O despejo de resíduos gordurosos no esgoto causa, além de refluxos e extravasamentos, incrustação na tubulação, diminuindo a capacidade de escoamento do esgoto e aumentando as chances de rachaduras na rede. Além disso, nas Estações de Tratamento de Esgoto a gordura e o óleo prejudicam o processo de tratamento, tornando-o mais complexo e mais caro, para a empresa e para o próprio cliente”, enfatiza o coordenador da Sanepar.
CRIME AMBIENTAL – “Descartar o esgoto em qualquer destino que não seja a rede coletora, quando ela está disponível para o imóvel, é crime ambiental. A ligação de calhas e de água da chuva na rede coletora de esgoto também é irregular e passível de multa”, lembra Francisco. As exigências ambientais e possíveis punições estão dispostas em documentos como a Lei Federal n.º 6.514/2008, que trata das infrações e sanções administrativas relacionadas ao meio ambiente, a Lei Estadual n.º 13.331/2001 (Código Sanitário do Estado do Paraná), a Resolução n.º 003/2020 da Agepar, órgão que regula a prestação de serviços no Paraná, e a Portaria IAP n.º 256/2011, que dispõe sobre a destinação de efluentes no sistema de esgotamento sanitário.
ATENDIMENTO – Caso o cliente tenha dúvidas sobre o trabalho de VTO ou queira mais informações, pode entrar em contato por um dos canais oficiais de atendimento da Companhia. O Serviço de Atendimento ao Cliente Sanepar é feito pelo telefone 0800 200 0115, pelo e-mail [email protected] ou ainda pelo WhatsApp (41) 99544-0115. É importante ter em mãos a conta de água ou o número da matrícula.
Com informações da assessoria de imprensa.